11 de out. de 2009

10°

A vida é constituída por uma série de decisões, acções, e consequências. Quando usávamos, as nossas decisões eram geralmente guiadas pela nossa doença resultando em acções autodestrutivas com consequências graves. Isso levou-nos a considerar as tomadas de decisão como um jogo viciado, que deveríamos evitar o mais possível. Muitos de nós têm, por isso, grande dificuldade de aprender a tomar decisões em recuperação. Lentamente, ao trabalharmos os Doze Passos, ganhamos prática na tomada de decisões saudáveis, que dêem resultados positivos. Onde antes a nossa doença afectava a nossa vontade e as nossas vidas, pedimos agora ao nosso Poder Superior que cuide de nós.
Fazemos um inventário dos nossos valores e das nossas acções, partilhamos isso com alguém em quem confiemos, e pedimos ao Deus da nossa concepção que remova as nossas limitações. Ao praticarmos os passos ficamos libertos da influência da nossa doença, e aprendemos princípios, de tomada de decisões, que poderão guiar-nos em todas as áreas das nossas vidas. Hoje, as nossas decisões e as suas consequências não precisam de ser influenciadas pela nossa doença. A nossa fé dá-nos a coragem e a direcção para tomarmos boas decisões e a força para as pormos em prática. O resultado desse tipo de tomada de decisão está numa vida que vale a pena ser vivida.

SÓ POR HOJE

Muitos de nós viveram toda a vida em revolta. A nossa reacção inicial a qualquer tipo de direcção é geralmente negativa. A rejeição automática da autoridade parece constituir um defeito de carácter preocupante para muitos adictos. Um inventário minucioso poderá mostrar-nos como reagimos ao mundo à nossa volta. Podemos perguntar a nós mesmos se será justificada a nossa revolta contra pessoas, lugares, coisas e instituições. Se formos minuciosos na nossa escrita, iremos ultrapassar as acusações a outros e descobrir o nosso próprio papel nas situações. Descobrimos que aquilo que os outros nos fizeram não era tão importante quanto a forma como reagíamos às situações em que nos encontrávamos. Um inventário regular permite-nos examinar os padrões nas nossas reacções à vida e ver se a nossa tendência é para uma rebeldia crónica. Por vezes veremos que, embora possamos seguir algo que nos seja sugerido, em vez de arriscarmos a rejeição, alimentamos em segredo ressentimentos contra a !
autoridade. Se deixados livres, esses ressentimentos podem afastar-nos do nosso programa de recuperação. O processo de inventário permite-nos pôr a descoberto, avaliar, e alterar os nossos padrões de rebeldia. Não podemos mudar o mundo através de um inventário, mas podemos mudar a forma como reagimos a ele.

Só por hoje: Quero libertar-me da desordem da rebeldia. Antes de agir vou fazer um inventário de mim mesmo e pensar sobre os meus verdadeiros valores.

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